A
escolaridade das mulheres avança a passos largos na maioria dos países, sendo
superior em muitos deles, mas isto não se reflete na mesma proporção no emprego. Embora sejam metade da população mundial,
somente um terço ocupa postos de trabalho formais.
Segundo
o Fundo Monetário Internacional, se a força de trabalho feminina fosse
aproveitada, países como o Egito elevariam o seu PIB em um terço e a Índia em
um quarto. Talvez, esse fosse o caminho
para a superação da crise econômica que assola os países em desenvolvimento, inclusive
o Brasil.
Outro
aspecto que contrasta com o nível de formação das mulheres, superior ao dos
homens, é sua inexpressível presença nos escalões mais elevados das
empresas. Nas duzentos e cinquenta
maiores empresas brasileiras há somente três mulheres no topo da
hierarquia. Mas isso é só no Brasil? Claro
que não. A revista Fortune de 2014,
sobre as quinhentas maiores empresas do mundo, informa que somente vinte e três
executivas conduzem grandes corporações.
A
baixa presença quantitativa e qualitativa da mulher no mundo do trabalho está
diretamente relacionada com a sua tímida participação nos cargos eletivos e,
por conseguinte, com a pouca influência que exerce na vida política. Sobre isso, a Unionon Inter-Parlamentar compilou
dados dos parlamentos de cento e noventa e três países do mundo. As informações são muito recentes, foram coletadas
até o último dia primeiro de agosto de 2016. Se considerarmos todas as Câmaras Baixas,
equivalentes à Câmara dos Deputados brasileira, apenas um (22,9%) entre cinco
parlamentares é mulher. Nas Câmaras Altas,
equivalentes ao Senado, ocorre a mesma coisa (22,3%). No Brasil a presença feminina é ainda menor,
dos 513 deputados, somente 51 são mulheres (9,9%) e dos 81 Senadores, apenas 13
(16%).
Mesmo
que se possa afirmar que o representante parlamentar deva defender o interesse
do povo em geral, seria ingênuo pensar que as mulheres não possuam uma agenda
política com questões típicas do seu gênero.
Emprego; participação na vida econômica e política do país; e direitos
pessoais, tais como o aborto e proteção contra a violência masculina, são apenas
alguns deles.
A
participação da mulher na vida econômica dos países está visceralmente relacionada
com a sua presença no universo político, tanto quanto isso depende da importância
que se lhe dê como ser social, respeitada e reconhecida com iguais direitos. A
menor importância atribuída à mulher alcança todas as esferas do universo
social, inclusive o religioso, não se cultua Deusas. Quase todos os Deuses que conhecemos são do
gênero masculino.
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