Se
Deus é amor, o gênero feminino foi o conduto da nossa herança afetiva, desde o
início de tudo, nosso cordão umbilical com Deus. Por isso, o gênero feminino é muito mais
afetivo e sensitivo, devendo, portanto, dele brotar todos os valores. No
entanto, preferimos adotar o conhecimento racional, que nos legou a ciência de
hoje; e o conhecimento dogmático, alicerçado em Deuses homens, para constituir
duas grandes estruturas geradoras de valores que se antagonizam em quase todos
os aspectos menos quando se trata da desvalorização do gênero feminino e do
amor, nisso elas estão de acordo.
Então,
tal qual a religião e Deuses homens, a ciência tem lá suas mazelas, que creio
decorram da mesma causa, o distanciamento do amor original, o amor de Deus. Por exemplo, se um
cientista morasse em um planeta em que se identificasse afetivamente com os
seus seres, provavelmente não inventaria uma bomba atômica. A sua ciência
estaria a serviço da vida, por razões óbvias de natureza afetiva.
Do
mesmo modo, as religiões parecem distantes dos valores mais importantes. Parafraseando Chopra, a ideia é bem simples, considere
duas tropas de soldados inimigas, uma de cada lado, sendo abençoadas por seus
Capelães para que tenham melhor sorte na batalha. Irônico, não é mesmo? Então, o resultado será a morte de muitos deles, por razões que
eles próprios desconhecem. O problema não está com os soldados, mas com a
guerra. Se o conflito fosse enfrentado a partir de valores e crenças que
colocassem a vida acima de tudo, a guerra provavelmente não existiria. No
entanto, neste exemplo, a ciência e a religião estão amalgamadas em favor do
mesmo infortúnio.
Se
as religiões e os Deuses homens estivessem verdadeiramente sedimentados no
amor, não teríamos a descrença, desconfiança e tantos falsos profetas, não é
mesmo? Não precisaríamos recorrer tanto aos bens materiais para exercitar o
amor, na sua melhor expressão, aquele que nos realiza como seres de Deus que
somos. Praticar o amor é aceitar um Deus
que é de todos e que pode se manifestar de muitas maneiras, tantas quantas o amor
permitir. Por isso, amar os animais e experimentar a sua afetuosidade e uma
sublime maneira de viver a fé. Do mesmo modo, ser tolerante e aceitar a união
de pessoas que se amam, independente do gênero, mesmo contra os imperativos da
nossa cultura, é atuar sob a influência de Deus.
Deus
é amor, o amor é o bem e tudo que dele decorrer. Deus é como uma mãe, não
precisa atender aos seus pedidos, ele se justifica pelo simples fato de você
existir, não pelo que você julga que merece. Tal como a mãe, ele já lhe deu o
que tinha que dar, uma semente de amor para cultivar. Faça isso por você e por ele.
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