segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Fragmentos do livro: Socorro! Deus é Menina

          Se Deus é amor, o gênero feminino foi o conduto da nossa herança afetiva, desde o início de tudo, nosso cordão umbilical com Deus. Por isso, o gênero feminino é muito mais afetivo e sensitivo, devendo, portanto, dele brotar todos os valores. No entanto, preferimos adotar o conhecimento racional, que nos legou a ciência de hoje; e o conhecimento dogmático, alicerçado em Deuses homens, para constituir duas grandes estruturas geradoras de valores que se antagonizam em quase todos os aspectos menos quando se trata da desvalorização do gênero feminino e do amor, nisso elas estão de acordo.

Então, tal qual a religião e Deuses homens, a ciência tem lá suas mazelas, que creio decorram da mesma causa, o distanciamento do amor original, o amor de Deus. Por exemplo, se um cientista morasse em um planeta em que se identificasse afetivamente com os seus seres, provavelmente não inventaria uma bomba atômica. A sua ciência estaria a serviço da vida, por razões óbvias de natureza afetiva.

Do mesmo modo, as religiões parecem distantes dos valores mais importantes.  Parafraseando Chopra, a ideia é bem simples, considere duas tropas de soldados inimigas, uma de cada lado, sendo abençoadas por seus Capelães para que tenham melhor sorte na batalha.  Irônico, não é mesmo? Então, o resultado será a morte de muitos deles, por razões que eles próprios desconhecem. O problema não está com os soldados, mas com a guerra. Se o conflito fosse enfrentado a partir de valores e crenças que colocassem a vida acima de tudo, a guerra provavelmente não existiria. No entanto, neste exemplo, a ciência e a religião estão amalgamadas em favor do mesmo infortúnio.

Se as religiões e os Deuses homens estivessem verdadeiramente sedimentados no amor, não teríamos a descrença, desconfiança e tantos falsos profetas, não é mesmo? Não precisaríamos recorrer tanto aos bens materiais para exercitar o amor, na sua melhor expressão, aquele que nos realiza como seres de Deus que somos.  Praticar o amor é aceitar um Deus que é de todos e que pode se manifestar de muitas maneiras, tantas quantas o amor permitir. Por isso, amar os animais e experimentar a sua afetuosidade e uma sublime maneira de viver a fé. Do mesmo modo, ser tolerante e aceitar a união de pessoas que se amam, independente do gênero, mesmo contra os imperativos da nossa cultura, é atuar sob a influência de Deus.

Deus é amor, o amor é o bem e tudo que dele decorrer. Deus é como uma mãe, não precisa atender aos seus pedidos, ele se justifica pelo simples fato de você existir, não pelo que você julga que merece. Tal como a mãe, ele já lhe deu o que tinha que dar, uma semente de amor para cultivar.  Faça isso por você e por ele.

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