Por
milhares de anos os homens foram hegemônicos na liderança das organizações,
sejam elas socioeconômicas, políticas ou religiosas. Mesmo assim, as mulheres vêm conquistando
espaço nas organizações socioeconômicas e políticas a passos largos, e creio
que isto esteja ocorrendo por causa das suas habilidades sócio emocionais.
Peter
Drucker, um dos maiores expoentes da gestão contemporânea, afirma que das
mudanças havidas no século passado, a que terá maior influência neste milênio
será a transformação do mundo do trabalho, que deixa de se basear no esforço
psicomotor dos seres humanos, prevalente desde o machado de pedra, para se
sustentar no intelecto e nas emoções. Chamou isso de trabalhador do
conhecimento.
A
competição individual e o espírito desbravador e de conquista do homem, suas características
físicas, seu egocentrismo e um certo distanciamento das questões emocionais não parecem suficientes para lidar com os novos desafios assinalados por Drucker.
O
modo como os homens conduziram as organizacionais socioeconômicas e políticas,
embora tenha produzido o que chamamos de desenvolvimento, não foi capaz de
manter o mundo saudável, seja sob o ponto de vista ecológico, econômico ou político.
Do
ponto de vista ecológico, o instinto predador masculino transformou a terra em
um lugar cada vez mais inóspito aos seres humanos. Os homens não tiveram o
devido cuidado de preservar a sua própria casa.
Do
ponto de vista econômico, há muita desigualdade no mundo. Mesmo que se queira atribuir tantas
diferenças ao modo de produção econômica, esquerda direita não
conseguem proporcionar condições de sobrevivência minimamente adequadas para
grande parcela da população.
Sob
o ângulo político, basta olhar para a composição dos órgãos de representação
nos âmbitos municipais, regionais ou nacionais, para entender que a
desigualdade impera, sobretudo a de gêneros.
É
claro que todos estes argumentos podem ser contestados, sobretudo porque a
hegemonia de poder nas organizações sempre pertenceu aos homens e as mulheres
nunca tiveram a oportunidade para demonstrar o que podem fazer. Assim, não há
como saber se elas teriam cuidado melhor do planeta. No entanto, o homem teve a
sua vez e deu no deu e este é um motivo mais que suficiente para buscarmos
outra alternativa.
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