Supondo
que os seres humanos modernos não contassem com as inúmeras versões míticas e
religiosas que explicam o surgimento do universo, dificilmente uma versão para
o ato de criação do universo seria aceita pela maior parcela da população do
mundo, se não incluísse o Big Bang, a grande explosão ocorrida a vinte bilhões
de anos, que a ciência moderna nos revelou. Essa suposição deixar
ver que a nossa imaginação funciona como espécie de sombra que vai um pouco além
do nosso arsenal de conhecimento.
Segundo
a ciência, os seres humanos habitam a terra a aproximadamente 5 milhões de
anos, mas somente nos últimos dois mil anos se considerou a possibilidade de a
terra ser redonda e de vivermos em um sistema solar. A
maioria dos mitos de criação do universo antecede a quase todo o
conhecimento que possuímos hoje sobre os astros. Talvez isso explique a razão de eles incluírem
elementos comuns: céu, terra e mar.
Quando foram concebidos, os seres humanos tinham certeza de que viviam em
um lugar único e não podiam imaginar a possbilidade de um universo, tão vasto, cheio de galáxias.
A sombra do seu conhecimento alcançava no máximo um céu cheio de nuvens e raios
e um mar que se elevava.
Então, é possível considerar que a criação
do universo concebida hoje, envolveria, necessariamente, além do Big Bang,
elementos como espaço sideral, buracos negros, galáxias, constelações e vários
outros fenômenos contemporâneos.
Talvez seja o momento de reconstruirmos nossos mitos.
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