segunda-feira, 9 de maio de 2016

Sobre a Origem dos Seres Humanos

Segundo Richard Dawkins em o Gene Egoísta, tudo começou há mais de quatro bilhões de anos com uma molécula replicadora com capacidade para copiar a si mesma. Ela espalhou suas cópias pelos mares. Esse processo de replicação produziu erros, fazendo com que algumas cópias não fossem idênticas. As moléculas imperfeitas eram menos estáveis e produziam suas cópias com erros cumulativos ao passo que as corretas o faziam com acertos, também cumulativos.  Começou, então, a diferenciação molecular.
À medida que os espaços núcleos de reprodução em que vivam iam ficando mais restritos, as moléculas mais estáveis sobreviviam e as menos estáveis morriam, surgindo então, a seleção natural.
As moléculas mais estáveis aprenderam a quebrar quimicamente as menos estáveis e a utilizar os seus elementos como capa protetora, uma espécie de armadura.  Quanto mais evoluíam mais complexas se tornavam estas armaduras, verdadeiras capsulas de proteção.
Através de milhares de anos de evolução, as antigas moléculas se tornaram os genes de hoje, cuja característica é se proteger sob sofisticados organismos biológicos, dentre eles, a espécie humana.  Estes organismos são as cápsulas de sobrevivência daquelas antigas moléculas que se perpetuaram ao longo da existência do planeta.
Segundo os estudos do Antropólogo americano Richard Wranghan, o domínio do fogo coincidiu com o surgimento do Homo Erectus.  Há aproximadamente 5 ou 6 milhões de anos, os primatas se dividiram em duas espécies, sendo que uma culminou no homem e a outra permaneceu macaco.
Os macacos passam a maior parte de seu tempo mastigando vegetais ou carne crua, por isso, seus organismos necessitam de muita energia na alimentação. Os alimentos crus são pobres em proteínas e carboidratos, elementos necessários para fazer o cérebro crescer e permitir a inteligência. Foi o domínio do fogo e o consumo de alimentos cozidos que permitiram a ingestão de mais proteínas e o crescimento do cérebro dos humanos.

Os estudos do biólogo Leigh Van Valen provam certa correlação entre o volume cerebral e a inteligência. O homem, entre os seres vivos, em termos proporcionais, é o que possui o maior cérebro. Um cérebro maior trouxe não apenas uma anatomia nova, mas também uma nova fisiologia e a própria cultura.

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