Segundo Richard Dawkins em o Gene Egoísta, tudo começou há mais de
quatro bilhões de anos com uma molécula replicadora com capacidade para copiar
a si mesma. Ela espalhou suas cópias pelos mares. Esse processo de replicação
produziu erros, fazendo com que algumas cópias não fossem idênticas. As
moléculas imperfeitas eram menos estáveis e produziam suas cópias com erros
cumulativos ao passo que as corretas o faziam com acertos, também
cumulativos. Começou, então, a
diferenciação molecular.
À medida que os espaços núcleos de reprodução
em que vivam iam ficando mais restritos, as moléculas mais estáveis sobreviviam
e as menos estáveis morriam, surgindo então, a seleção natural.
As moléculas mais estáveis aprenderam a quebrar
quimicamente as menos estáveis e a utilizar os seus elementos como capa
protetora, uma espécie de armadura.
Quanto mais evoluíam mais complexas se tornavam estas armaduras,
verdadeiras capsulas de proteção.
Através de milhares de anos de evolução, as
antigas moléculas se tornaram os genes de hoje, cuja característica é se
proteger sob sofisticados organismos biológicos, dentre eles, a espécie humana. Estes organismos são as cápsulas de
sobrevivência daquelas antigas moléculas que se perpetuaram ao longo da
existência do planeta.
Segundo os estudos do Antropólogo americano
Richard Wranghan, o domínio do fogo coincidiu com o surgimento do Homo Erectus.
Há aproximadamente 5 ou 6 milhões de
anos, os primatas se dividiram em duas espécies, sendo que uma culminou no homem
e a outra permaneceu macaco.
Os macacos passam a maior parte de seu tempo
mastigando vegetais ou carne crua, por isso, seus organismos necessitam de
muita energia na alimentação. Os alimentos crus são pobres em proteínas e
carboidratos, elementos necessários para fazer o cérebro crescer e permitir a
inteligência. Foi o domínio do fogo e o consumo de alimentos cozidos que
permitiram a ingestão de mais proteínas e o crescimento do cérebro dos humanos.
Os estudos do biólogo Leigh Van Valen provam
certa correlação entre o volume cerebral e a inteligência. O homem, entre os
seres vivos, em termos proporcionais, é o que possui o maior cérebro. Um
cérebro maior trouxe não apenas uma anatomia nova, mas também uma nova
fisiologia e a própria cultura.
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