A ciência se constrói sobre conhecimentos
científicos que se integram e se estendem na medida em que se confirmam com
experiências empíricas. Um fenômeno é
científico quando se repete sob as mesmas condições.
Na ciência, os conhecimentos funcionam como uma
malha multidimensional, em que seus elos podem pertencer a uma ou mais teorias,
de um ou mais campos do saber. Desse modo, um conhecimento do campo da Biologia
pode ser explicado pela Física, ou seja, uma célula pode ser explicada tanto em
termos genéticos como moleculares e uma explicação corrobora a outra.
A religião se constrói a partir de conhecimentos
dogmáticos, pressupostos que se integram, mas não se confirmam empiricamente
tal como na ciência, dependem da crença. Uma religião só existe quando pessoas
creem nos seus dogmas.
Enquanto a ciência universaliza o conhecimento,
pois ciência é ciência em qualquer lugar e em qualquer tempo, a religião é
totalmente dependente da cultura, que se diferencia no local e no tempo. Embora
a maioria das religiões se construa em torno de um dogma central, um Deus, existem
inúmeros e diferentes Deuses, independentemente de lugar e de época.
As religiões são mais predispostas a aceitarem
e a integrarem a ciência ao seu campo de pressupostos, que o inverso. Isso
ocorre porque os dogmas não se explicam sob os pressupostos universais da
ciência e o conhecimento científico só é refutado pela religião quando contraria
seus dogmas, o que não é muito frequente.
Um dos principais pressupostos que coloca a
ciência e a religião em confronto diz respeito à origem dos homens. Para a ciência, o homem evoluiu a partir de
outros seres e para a religião cristã, por exemplo, ele foi criado por Deus à
sua semelhança.
De um lado o evolucionismo e de outro o
criacionismo, dois elos inconciliáveis. Mas até quando? Questiono porque tanto
a ciência quanto a religião são possibilidades reais e concretas na mente de
quase todos os cristãos.
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