segunda-feira, 17 de outubro de 2016
sexta-feira, 14 de outubro de 2016
A Vulgarização do Amor - Fragmentos do livro Socorro! Deus é Menina
Estamos
vivendo um acelerado processo de vulgarização e desqualificação do amor, em
todas as suas modalidades. A começar pelo excessivo uso do termo, que raramente
é aplicado com propriedade. Faça uma experiência, peça a um de seus amigos que
liste as dez coisas, pessoas, locais ou situações que mais ama. É muito
provável que ele inclua mais coisas materiais, locais e situações que pessoas.
Então,
você ama o seu smartphone? Espero que não, más ouço com muito regularidade
pessoas dizendo que sim. Ou elas estão
mentindo ou aplicando o termo amor indevidamente. Neste caso, talvez não
reconheçam o que significa amor. O pior dos mundos é se elas estiverem falando
a verdade. Neste caso, estaremos lidando com um amor no mínimo estranho, não é
mesmo?
A
vulgarização da palavra amor tem sido sistematicamente empreendida pelos meios
de comunicação, por campanha publicitárias, que apelam para a dimensão afetiva
para comercializar produtos e serviços. A ideia central é incutir valores que
associam carências afetivas ao consumo, de tal maneira que comprando estaremos
amando ou sendo amados. Esta artificialidade se estende para o universo das
relações humanas e passa a mediar as relações afetivas também entre pessoas.
É
claro que não há como esperar que seu automóvel, computador ou uma bolsa de
grife se apaixone por você, mas é perfeitamente possível incorporá-los à sua
imagem, conformando um ser composto por você + um kit persona, que serão
objetos de desejo ou admiração de outras pessoas. Assim, para ser amado você
precisa de mais e mais coisas. São estas coisas que vão intermediar a relação
afetiva entre você e as outras pessoas.
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terça-feira, 11 de outubro de 2016
Fragmentos do livro Socorro! Deus é Menina: Amor e Fé
Para
a ciência, a primeira molécula surgida do Big Bang é o elemento mais simples
que supostamente conhecemos. Para saber quem é Deus, considere um elemento mais
simples ainda. Embora a ciência ainda não tenha explicado esse elemento, e
espero que o faça no futuro, podemos reconhece-lo em nós mesmos como a partícula
do amor.
Deus
é amor, o amor é o bem e tudo que dele decorrer. Deus é como uma mãe, não precisa atender aos
seus pedidos, ele se justifica pelo simples fato de você existir, não pelo que
você julga que merece. Tal como a mãe, ele já lhe deu o que tinha que dar, uma
semente de amor para cultivar. Cultive,
faça isso por você e por ele.
Segundo
Chopra, só podemos reconhecer o que a nossa mente percebe, por isso, é possível
que ela molde a nossa realidade. Se o cérebro for uma lente vermelha, para nós,
tudo será vermelho. Acho que a dicotomia entre o que seja ou não conhecido não
é apropriada para encontrarmos Deus, se for assim, os céticos nunca o
reconhecerão. As evidências de Deus estão conosco, mesmo que não consigamos
estabelecer uma lógica mística ou científica para explica-lo. Considere que
Deus seja amor e assim perceberá que todos nós acreditamos nele, mesmo sem
querer, inclusive os céticos.
Deus
está em você e não do lado de fora. Praticar o amor é aceitar um Deus que é de
todos e que pode se manifestar de muitas maneiras, tantas quantas o amor
permitir. Por isso. amar os animais e experimentar a sua afetuosidade é uma sublime maneira de viver a fé. Do mesmo modo, ser tolerante e aceitar a
união de pessoas que se amam, independente do gênero, mesmo contra os
imperativos da nossa cultura e o peso da nossa religião, é atuar sob a influência de Deus.
Não
se crê sem fé. A fé é a própria
consciência de que se pode amar. Veja o exemplo das mães, elas amam mesmo antes
de conhecer o filho, isso é fé. Acredite
no amor que já existe em você e terá fé. Por isso, mesmo os céticos têm fé.
sábado, 8 de outubro de 2016
Espontaneidade e Superficialidade: Influências de Origem
Nos
primeiros anos das nossas vidas somos fortemente influenciados pelas ações educativas das nossas
mães. Ações que são estimuladas e inspiradas pelo amor que elas sentem por nós. Em geral, nessas fase, além das diversas características pessoais, apresentamos um caráter
espontâneo, sincero e afetivo, mesmo se nos revelamos mais tímidos e retraídos. Na medida do tempo, quando vamos crescendo, nos
distanciando desse cuidado afetuoso e nos submetendo mais e mais à sociedade, nossa espontaneidade vai sendo sucessivamente empurrada para fora de nós, por uma crescente artificialidade. É a cultura,
tomando o lugar das nossas mães e nos fazendo adultos.
A
cultura nos ensina a nos comportarmos em sociedade, a entender e a aceitar
direitos e deveres e a nos mostrarmos em função do que esperam os demais
membros da nossa sociedade. Ela nos leva
a vivermos na superficialidade de nós mesmos em favor da nossa aceitação pela
sociedade.
No
lado oposto ao das nossas mães, a educação à que nos impinge a cultura não tem
o amor como um lastro, mas uma ética alicerçada na razão e nos dogmas. Enquanto nossas mães nos ensinam o que acham
que nos trará o bem porque nos amam, e isso independe do tempo e do lugar em que
vivamos, a cultura nos leva a acreditar no que seja certo ou errado e isso
varia em função do tempo e do local onde vivamos.
Mesmo
sabendo que a nossa espontaneidade seja um traço característico das crianças e
que na quase totalidade dos casos ela vá diminuindo ao longo do nosso crescimento, não posso deixar de notar a influência
que as mães exercem sobre ela, reforçando-a, buscando alonga-la ao máximo. Do outro lado, vejo que a cultura fazendo o
oposto, nos conduzindo para uma superficialidade que apaga a nossa
espontaneidade.
Penso
que uma das razões desse fenômeno decorram das bases que sustentam essas ações
educativas, o amor, a razão e os dogmas.
O amor independe de tudo, e me refiro ao amor materno, ele existe em
qualquer lugar e a qualquer tempo do mesmo jeito, já a razão e os dogmas não,
eles variam no tempo e no espaço.
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