sexta-feira, 1 de julho de 2016

Os extremos do Amor e a Superioridade da Mulher

Os extremos há que o amor pode levar depende diretamente do tipo de amor há que estejamos nos referindo. Vamos considerar, então, três tipos de amor: o materno, que dispensa maiores explicações; o romântico, aquele que sétimos e que nos compele ao sexo; e o fraterno, que são todos os demais que não o materno e romântico.
Se considerarmos a possibilidade de dois extremos, teremos de um lado, o bem e de outro o mal. Assim, os amores materno, romântico e fraterno são capazes de proporcionar situação que favoreçam ações extremas que produzam de um lado o bem e de outro o mal.
Não dá para mencionar o bem ou o mal sem definir minimamente o que significam.  Tomemos como bem os atos que primariamente preservam a vida de uma pessoa e que secundariamente procuram preservar a vida de várias pessoas e até da própria espécie humana; e como mal os atos que se contrariam frontalmente com o bem, ou seja, que primariamente atentam contra a vida de uma pessoa e , secundariamente, contra a vida de várias pessoas, e até da própria espécie humana.
Como já definimos o que sejam o bem e o mal, podemos, então, avaliar as possiblidades que os tipos de amor possam provocar em termos de atitudes extremas, sejam para o bem seja para o mal.
Sob a perspectiva primária, o amor materno é capaz de produzir atos de extrema bondade. Uma mãe é capaz de renunciar à própria vida em favor da vida de um filho de uma maneira tão natural e óbvia como o ato de se alimentar. Isto me lembra uma história contada por uma amiga: quando em visita a um zoológico, com as preocupações costumeiras de mãe, ao chegar o espaço onde ficam os grandes felinos, estabeleceu uma regra para o marido, que se um daqueles animais escapasse da jaula ele deveria pegar a filha pequena e correr, enquanto ela distrairia o animal para que eles fugissem.  Dá para imaginar o que possa ser a distração de um leopardo.
Penso que o amor romântico também possa levar à entrega da própria vida em favor de outra pessoa, no entanto, isso não costuma ocorrer de maneira natural e óbvia. Do mesmo modo, o amor fraterno pode ser capaz de provocar atitudes semelhantes, mas com pouquíssima frequência.
Sob a perspectiva secundária, o potencial do amor materno para produzir atitudes extremas para o bem diminui significativamente, isso porque ele alcança somente os filhos. O mesmo acontece com o amor romântico, por razões óbvias. Já o amor fraterno, costuma provocar atitudes extremas para o bem, que podem favorecer milhares de pessoas.  A história nos apresenta inúmeros mártires que entregaram seu destino e até a própria vida para assegurar a vida de pessoas que sequer conheciam. 
Quando consideramos os extremos do mal, tanto em termos primários como secundários, observamos que a capacidade do amor materno é muito reduzida, rarissimamente uma mãe é capaz de impingir torturas ou provocar a morte de um filho estando cônscia dos seus atos.  O mal costuma ser bem mais frequente quando consideramos o amor romântico e muito mais frequente, ainda, quando o amor é fraterno.
Penso que o amor materno seja o mais poderoso dos sentimentos humanos para proporcionar o bem e o mais limitado para proporcionar o mal.  Sendo assim, toda e qualquer crença erigida por sobre o amor materno, tem muito mais chances de produzir o bem que sobre os amores romântico e fraterno.

Assim, as nossas crenças mais profundas, aquelas que orientam a nossa lógica e por extensão os nossos atos, quando assentes sobre o amor materno, são mais capazes de produzir o bem.  Por isso, penso que as mulheres tenham muito mais possibilidades que os homens para proporcionar o bem, ou seja, para preservar a vida, pois a elas e somente elas possuem o amor materno.  O sentem até mesmo quando não são mães.

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